domingo, 15 de agosto de 2010

Diary Of A Drama Queen. II

 É engraçado tentar compreender as pessoas.
 Meu 1º beijo foi no quintal da minha casa, nada planejado. Nem esperado. Ele era melhor amigo do meu irmão. Entendam ele como R. Nunca me imaginei gostando dele. Mas, minha mãe sim rs. E de tanto que ele falava que eu gostava, acabei gostando de verdade. E gostando muito. Chamam isso popularmente de 1º amor. Eu, chamo de 1ª burrice. Até ai tudo bem. Piorou quando ele descobriu, érm, digamos, percebeu, que eu 'amava' ele. Ele começou a investir. E eu tinha medo de com um beijo, me apaixonar mais. Evitava. E também tinha medo de beijar. Nuca tinha feito isso, para mim, era um bicho de 7 cabeças. Mas chega uma hora que o corpo não responde e você começa a cair no jogo do outro. E não resiste. E beija. E se apaixona de fato, mais. E se olha no espelho e ri, e tenta procurar algo que explique o porque dele ter te escolhido para fazer aquilo (como se para os homens fosse grande coisa...). Mas ele namorava. E a menina era muito bacana. Eu sentia meu coração bater muito forte, e eu sorria mesmo sem vontade, mas ao mesmo tempo ficava chateada por ela, de verdade. E não queria que fosse daquela maneira. Eu queria ele por completo, não metade. Mas caiu a ficha uma hora que nem a metade eu tinha.
 E depois de quase 2 anos ficando escondido com ele, minha mãe descobriu e veio conversar comigo. Por mais que ela sempre tivesse vontade de nos ver juntos, ela sabia do namoro dele e não concordaria. E eu neguei, pois fiz uma promessa de manter segredo para o R. Mas também não queria perder a confiança da minha mãe. Fiquei entre a cruz e a espada. E ao decorrer da conversa acabei contando. Depois de vários conselhos, eu refleti e os segui. E coloquei um ponto final. Era mais do que claro que ele não me escolheria, portanto nem toquei em assunto de escolha. Sofri. Chorei. Ele voltou, tentou fazer com que eu mudasse de ideia, mas a Adriana, por pensar demais em tudo, sempre faz a escolha certa. E aquela não iria deixar de ser. Foi difícil, mas sempre disse NÃO. Ele cansou, e sumiu da minha casa. Estranharam, pois meu irmão continuava lá, e por que ele parou de visitá-lo todo domingo?! Depois dele, não queria saber de garoto nenhum. Típica frase de adolescentes com orgulho ferido: Nunca mais vou ficar com ninguém; Não quero saber de namorar; Ninguém nesse mundo presta, só eu; Odeios os/as homem/mulheres; entre outras no mesmo nível. Eu as repeti diversas vezes.
 Um tempo depois, fui comprar pão no Tanaka, minha mãe gostava do pão de lá. Eu tinha a última aula vaga, chamei a Katiane e aproveitei para ir. Na volta, ouvi Franz Ferdinand. Segui o som e vinha de uma garagem. Quando olhei para ela, tinha um loirinho tocando baixo me olhando rs. E eu olhei e falei pra Katy: Noossa. Ela disse: Vamos lá, vamos lá. E tava subindo a rua correndo, eu gritei: NÃO! VOLTA SUA LOUCA! ELES NEM NOS CONHECEM. E fui embora, qdo ela viu resolveu vir atrás. No caminho fiquei pensando: Ele deve estar nos achando duas idiotas. Que raiva. Espero nunca mais encontrá-lo.
 Isso foi numa terça. Na quinta nossa sala foi com a Profª Leandra de matemática arrecadar prenda na rua. Quem eu encontro no caminho? Ele. O loirinho cujo nome não vou citar, mas o entendam como F. Ele me parou e disse: Você que estava com uma moreninha vendo a gente ensaiar a noite? E eu, com as pernas bambas disse que sim. Ele perguntou por que não fomos lá, eu ri e falei: Até parece, vocês nem nos conhecem. Nada a ver ir lá do nada. Ele segurou no meu queixo e disse: Agora me conhece, vai no nosso ensaio terça. E saiu. Fiquei sem palavras. O Luis Ricardo que estava comigo morreu de ciúmes (até hoje ele morre, até das minhas amigas rsrs).  Achando que seria inconveniente, não fui. No dia seguinte encontrei ele na rua e nunca me esqueço, ele disse: Nem foi lá né 'Pipoca'. Vai no meu show domingo no Chaparral. Eu disse que ia, e sai. Minha mãe estava junto e eu contei como o conheci. No dia seguinte deste, ele foi na saída da minha escola, eu estava de uniforme, sem chapinha, sem make, enfim, um horror. E mesmo assim, ele chegou em mim e disse: Vim trazer o flyer de domingo. Se você não for é mancada. Eu peguei e reafirmei que iria, quando íamos nos despedir, ele disse: Ah! E vim para outra coisa também. Nisso eu ia perguntar o que e ele me lascou um beijão. Bateu dente porque eu estava desprevenida, nossa, foi desastroso. No fim ele disse: Pronto. E foi embora. Ele virou a rua e dei um grito de felicidade. Ah, pra mim aquilo foi uma conquista, mesmo achando que nunca haveria de se repetir pelo desastre que foi.
 Domingo. Fui com meu irmão ver a banda dele tocar. Chego lá e quem encontro? Ele, com mais uma garota, aos beijos. E quando aquela foi embora, chegou outra! Decepção. Fiquei com o baterista da banda para descontar (infantil, eu sei, mas eu tinha uns 13 anos, reconsidere), o L. Ficamos, ficamos, ficamos. E ele me pediu em namoro. Aceitei, ja tinha me apegado a ele. Todo ensaio eu estava lá, e o F com aquela cara de tacho. Os acompanhava nos shows, era meio roadie ás vezes... e quando eu estava super apaixonadinha, no 3º mês de namoro, ele me traiu e terminei com ele.
 O F voltou. Queria uma chance. Disse que havia mudado e fez aquele bendito discurso de homem com o rabinho entre as pernas. A boba cedeu. Terminávamos a cada 1 mês. Ele não era o tipo de cara que levava algo á sério. E eu não era o tipo de garota que levava na brincadeira. Nesse vai e vem, depois de 1 ano e pouco, cansada de tudo, comecei  uma D.R. tensa pela net e acabou. Entrei em depressão, quem me segurou nesa fase foi a Camila. Ela me deu até banho. Eu deitava no sofá e chorava litros d'água. Não comia, não tirava o pijama... Minha psicóloga abriu meus olhos e meu todas as ferramentas para esquecê-lo.
 Consegui. Ele voltou atrás várias vezes e eu conseguia, mesmo sem saber como, negar.
 Certo dia na praça, conheci o C e o outro R indo comprar bala de goma (da branca e rosa). Começamos a conversar no banco em frente ao coreto, que atualmente não existe mais. Eu disse que era um jacaré, porque sou, e homens eram todos cachorros, porque são. Nem conto á vocês a impressão que tiveram de mim, mas tudo bem rs. Até hoje ninguém sabe, essa é uma teoria muito complexa minha em relação aos humanos.
 Encontrei com o R de novo no CID, voltamos juntos de lá falando sobre animê. Algumas semanas após, o encontrei na praça com outras pessoas. Peguei o msn dele. E vi que ele tinha namorada. Fail. Mas o adicionei e começamos a conversar, ele seria um ótimo amigo, pois a personalidade misteriosa, alegre e inteligente dele me atraia, até demais. Começamos a nos falar no msn em código quando a namorada dele estava presente. Ele era o Light e eu era o Raito. Fingíamos conversar sobre Death Note.
 Fui um dia ver ele dançar PUMP e ele disse que não estava mais namorando. Meus olhos brilharam. O assunto no msn mudou. Ele disse que iria me buscar na escola em cima de um cavalo branco escrito emo na bunda. (risos)
 Outro dia na praça, comprei umas pulseirinhas pretas que pareciam elástico (que hoje em dia são chamadas de pulseiras do sexo, idiota extremo quem inventou isso, pois eu usava há muito tempo e nunca teve esse sign ridículo, desabafei.) e dei uma á ele dizendo que era nossa aliança. No mesmo dia, mais tarde, no msn, ele me pediu em casamento, e eu aceitei, e disse: agora só falta o beijo para selar o matrimônio. No dia seguinte fui encontrá-lo na saída da escola dele. Ele me levou até em casa e minha Avó linda e maravilhosa, com óculos escuro e a bengalinha na mão, acompanhada da Elvanir estava saindo e disse: Desce logo que seu Avô está te esperando para comer Macarrão.
 Devido a isso não pude ficar muito e ele também tinha que ir na aula de Para Para. Ao nos despedir ele perguntou se iria ganhar o beijo, eu fiquei super sem graça e disse que não sabia pois não era uma garota de atitudes.. ele me olhou e SMACK! *___* foi o melhor beijo da minha vida. Morrendo de vergonha (raridade) eu disse: Não pensa nisso. E saí.
 Desci o barranco de casa correndo, cumprimentei meu Vô e entrei no banheiro. Me olhava no espelho e ria, ria, ria. E sempre a mesma pergunta estampada no rosto. Eu não acreditava que aquilo havia acontecido. Eu era muito intensa, muito sonhadora, qualquer brilho no céu para mim era a lua. Não entrava na minha cabeça o que o fez se interessar por mim. Eu sempre me perguntava isso quando ficava com alguém especial.
 Mas quando a esmola é grande, o santo desconfia.

2 comentários:

  1. Bela continuação! Como já havia dito, o texto é verídico e bastante interessante, nos faz imaginar as cenas, ver os frames passando na tua frente e nos colocarmos no teu lugar. Parabéns, continue assim! Orgulhosa +1 ♥

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  2. Como sempre, super gentil <3
    Obrigada de coração pelo apoio. Tudo isso é apenas um rascunho. Será um filme e um livro que concorrerá á Oscars. Escreva isso. Hihi.

    Beijão :D

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